terça-feira, 3 de maio de 2011

O vento corria pelas folhas, as densas coriáceas, as frágeis membranáceas, elípticas, oblongas, palmadas, linguladas, paralelinérvias, hifódromas, orbiculares, balançando-as em vibrações físicas ou arrancando-as dos galhos das árvores, fazendo-as deslizar no ar e obedecer a lei da gravidade. Em seu fremir, o vento compunha pequenas canções que pertenciam a tempos remotos e que eram melhor escutadas pelos insetos, os quais, dizem, se ocupavam mais com seus encantos.  

figura: Gustav Klimt