domingo, 12 de maio de 2013

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Olhos azuis, olhos de sátiro. E uma voz que tremula pelas paredes da casa: tenor, identifico.  
Olhos que temi que voltassem aos meus sonhos, intraduzíveis sonhos repletos de uma verdade que não sei.
Bebem do nosso vinho, penso, estes olhos investigativos, essa voz como uma trompa, as trombetas do inferno, anunciando sua passagem.
Volto-me às “Ficções” do Borges, que melhor fonte poderia beber nessas horas?
Conferir-me a noção do imaginável possível, e da realidade impossível.