domingo, 6 de abril de 2014

Tudo parecia, paradoxalmente, perpétuo e perecível.
As certezas formuladas, os gestos proferidos pela minha mão, o próprio gosto, que se formava na minha boca já era outro, momentos depois. Os segundos eram a contradição extrema do tempo, porque o meu tempo, era o tempo de todas as eternidades.
Porque viver?
Porque gastar-se em certezas, em gestos? porque enjaular-se em um quando rumamos para o todo?
Porque o sangue nas veias?
Onde estou?
E o ocaso se fecha com mais uma sentença que todos inventaram.