segunda-feira, 21 de abril de 2014

Ele me dizia que já havia absurdo suficiente na realidade. Tricotava essências, bordava verdades como aquele teólogo que lhe falei, à trezentos anos atrás. Soberba, ele disse, afirmando que os demais não passavam de cópias imperfeitas do Grande Homero, que, "sequer existiu!", exclamou alto e vibrante soltando a convicção presa entre os dentes. Eu, de minha parte lhe disse que acabávamos logo perdendo as essências, não confiava em qualquer tipo de aprisionamento, seja nas palavras ou nos sentidos:- Se não vier de uma epifania, esqueça, disse-lhe.
Passados alguns minutos consentimos: jamais tivemos aquela conversa.