"Sorriu. (Sorriu.) Mostrou - a sí mesmo - a língua. (Mostrou - ao da realidade - a língua.) O do espelho a tinha pastosa, amarela: " Você anda mal do estômago", diagnosticou (gesto sem palavras) com uma careta. Voltou a sorrir. (Voltou a sorrir. ) Mas agora ele pode observar que havia algo de estúpido, de artificial e de falso nesse sorriso que lhe era devolvido. Alisou o cabelo. (Alisou o cabelo) com a mão direita (esquerda), para, imedatamente, voltar o olhar envergonhado (e desaparecer). [...]" Diálogo do espelho