quinta-feira, 5 de setembro de 2019

Sou a mistura entre a fraqueza e o delírio. Na verdade não sou, e não há ninguém por debaixo dessa máscara.
A confusão quieta e inquieta pulsante.
O emaranhado de coisas que não andam nem desandam.
Tarde demais.
Tarde demais pra tudo me parece.
Ela é um presente que não mereço como meu.
Era preciso colocar-me entre as pedras.
Era preciso pedras nos meus olhos e por todos os orifícios.
Silêncio.
Toda essa necessidade não tem nada a ver com santidade.
Continua a ser o mesmo emaranhado irresoluto. O mesmo algoritmo insolúvel em qualquer equação. Eu não iria tão longe se fosse você, eu não chegaria até aqui. Eu preferiria ficar a uma distância aconselhavel, eu não procuraria meus olhos e se possivel me deixaria passar imperceptível. Só assim estaria a salvo dessa constante nebulosa. Só assim talvez estaríamos a salvo.