quinta-feira, 5 de setembro de 2019

Open Doors

Portas abertas

Porque Hammershoi pode pintar tudo, absolutamente qualquer coisa que ainda a faz parecer algo mais, algo quase humano. Algo a que me identifico.

Open Doors

Portas abertas

portas abertas, nem fechadas nem mesmo escancaradas, nenhum sinal de perigo ou violência, ou qualquer faísca de percepção subjetiva semiótica senso comum uma mensagem escondida uma pintura abaixo da pintura um nota. Portas abertas simplesmente , e por acaso e não por acaso se enxerga algo mais. Não creio que seja só eu. Não definitivamente não creio. E ademais minha opinião seria irrelevante. Mera perturbação ondulatória oscilante. Antes eu estava mais vazia, "open doors" casa vazia, e agora sabe-se lá esta química que ninguém entende.As portas estavam abertas e não havia nada lá, é como se eu estivesse fora de casa. E agora, é como se eu as visse. Portas abertas, é difícil explicar, mas agora é como se me enxergasse em terceira pessoa, em terceira pessoa e passado. Estive ausente da minha história, mas o mecanismo continuou a girar, as engrenagens ainda funcionavam, os vagões continuavam a caminhar mesmo sem maquinista. Exagero? não sei, pelo menos não tenho pretensões nem porquês. Devem ser resquícios ainda daquele vazio, não estou completamente recuperada, é quase certo que nunca ficarei.