segunda-feira, 9 de dezembro de 2013

A fumaça azul-esbranquiçada faz rabiscos abstratos no ar.
São doces redemoinhos.
Meus dedos se queimam
e o papel se contrai.
O meu corpo todo se deleita no "prazer perfeito"
(Discordo da definição, mas ainda assim, Oscar Wilde)
Ouço "Take Five", - quase um mantra, penso.
Não esquento lugar onde há paz,
brigo até mesmo com os deuses,nos sonhos.
Penso "Dave Brubeck sabia mesmo o que estava fazendo,
não é um charlatão como eu , ou como muitos."
Ainda assim sei que há poucos gênios,por isso não me culpo,
hoje eu aceito quem eu sou, e celebro a mim mesmo.
Aprendi com o mestre, aprendi com Whitman.