Tenho dificuldade em publicar-me, tudo parece "indigno de nota" e já nem sei se escrevo para organizar meus pensamentos ou para perder-me ainda mais. Sou aquele homem doido que está sentado em três cavalos furiosos sem saber aonde vai. Tudo em mim é recente e eu finjo saber esquecer, me deixo, pratico meu próprio abandono sem precisar que ninguém o faça por mim (como ela o fez, e é quase sem querer que eu sigo os passos dela). Não tenho tempo, estou sempre atrasada, minha alma não sabe acompanhar meu corpo, ou talvez meu corpo não sabe acompanhar minha alma, não importa, também não há exílio, não o encontro em minha própria casa, e mesmo quando longe, não estou, tudo é recente.