Não , eu não posso te entregar as chaves dessa porta
Se você fizer as contas vai ver que eu não passo de uma vagabunda
De um trapo
(Ela disse que eu não ocupo o suficiente a cabeça dela
Deu a entender que a culpa é minha
Pelo visto tenho pouco substrato para substituir seus traumas
Não tenho carne suficiente para preencher as lacunas
Os intervalos entre o caos reinante e o malabarismo absoluto
Eu sou apenas e tão apenas
Um sujeitinho sem desdobramentos
Um "cubo infinito" que logo perde a graça
Com sua fraca proposta
De redundante movimento
Que já é repetido quase sem vida.
Ela portanto, parece ter habilidade em responder perguntas
Tecer tramas, esculpir narrativas
Completamente novas quando necessarias
Sua voz adquire tons variados
Fato parcialmente diagnosticado
Inconclusivo
Passando batido pela caneta dos doutores
Que se reservam ao direito
De estarem apenas observando
Sem arriscar o pescoço.)