quinta-feira, 29 de setembro de 2011

sexta-feira, 23 de setembro de 2011

sábado, 17 de setembro de 2011

O Meu, o Eu, o Teu e o Nós

Não posso beber tantas doses de você, nem você de mim, cada um no seu tempo, creio que assim podemos nos encontrar.

quinta-feira, 15 de setembro de 2011

A flecha

"Já não é o arqueiro que atira a flecha; o interior da natureza é que irrompe do mundo através da ausência perfeita do ego do arqueiro e solta a corda retesada" Da Natureza Humana -E. O. Wilson

Obs: É porque se deixa ser guiado por forças ocultas, e nem por isso cegas, e nem por isso belas ou não belas, mas são elas, sua causa, seu propósito, sua ordem.

E é assim que se desapropria-se de uma idéia, a partir da degeneração, da retração da nossa própria alma (se ainda conseguir alcançá-la, resgatá-la)

E o arqueiro adentra na sala: A flecha tolamente disparada, ainda a sente em seus dedos, embora não mais a tenha (embora nunca a tenha pertencido)

E ela é, sem perceber, a própria flecha, lançada contra o interior dos ventos, puxada pela gravidade, sem acerto, entregue a inércia do movimento, não interrompido, sem anteparo, sem aconchego, em sua melhor definição...mas ainda paira sobre o ar...

terça-feira, 13 de setembro de 2011

Satélite

- Já reparou que toda a vez que nos encontramos, a lua acende mais alta, grisalha e robusta?
-Quer dizer que ela já desconfiava de tudo?
- Mais ainda: ela nos aplaude.

sexta-feira, 9 de setembro de 2011

Rascunho de poema rápido musicado para piano a quatro mãos

Talvez, mas só talvez, quem sabe, você fosse mesmo
o meu intervalo ascendente consonante e perfeito
de extensão infinita

mas adivinha só...eu tenho feito tudo errado
e transformado a nossa melodia em ruído.

quinta-feira, 8 de setembro de 2011

E está lá a rabiscar suas vitórias no papel, aquelas que não pode ter, pois a sua pior fraqueza era ser inocente, e querer que entendessem seu arcaico modo de persuasão (nenhum). Era preferível que vivesse do artifício da literatura, que se esquivasse entre livros e papéis: “Assim ,de longe não parecia nada, de perto, um mero malabarismo - com fogo, diga-se de passagem.” Prometera a sí mesma não comentar mais nada sobre o assunto, mas era ruim com promessas, e a quem viesse tomar satisfações, nem embutia desculpas nem coisa nenhuma...mas a verdade é que tinha aprendido dessa inconstância com o vento.

domingo, 4 de setembro de 2011

Sobre a sincronicidade

fevereiro, 2010

Eu já comentei a respeito da sincronicidade? Bom, a sincronicidade das coisas me assusta.
Existe algum tipo de conexão estranha entre as coisas, acho que isso está ligado aquilo que eu disse sobre a idéia surgir conforme a necessidade dela. É como se um coisa chamasse a outra, e em mundo de inúmeras possibilidades, por conta das circunstâncias, estas ficam reduzidas, então tudo caminha em um mesmo sentido, dando a ilusão de uma lógica indiscutível, (e quem disse que não é? e quem disse que não poderia ser?),"Quando o mistério é muito grande ninguém ousa desobedecer", nem eu... 

sábado, 3 de setembro de 2011

Quando surgir um ou outro indício do indelével desconfie, desconfie das pedras da calçada, e de toda causalidade, do que vem antes e do que virá depois, porque estas convicções não passam de uma espécie de ilusionismo, um teatro de sombras, a quem acreditamos por meio de uma ingênua superstição.

quinta-feira, 1 de setembro de 2011

  Um amigo havia me avisado sobre a inconstância do vento: "Sendo você um barco a vela , é possível que se perca, mas de que adianta estar preso a um cais que não te pertence?"

Figura: Van Gogh